sábado, agosto 2, 2025

Augusto de Campos Lança “Pós Poemas”: A Nova Fronteira da Poesia Concreta aos 93 Anos

Curitiba, PR – O cenário literário brasileiro foi brindado em 14 de fevereiro de 2025 com o lançamento de “Pós Poemas”, a mais nova coletânea de versos do lendário poeta, tradutor e ensaísta Augusto de Campos. Aos 93 anos, o cofundador do movimento da Poesia Concreta no Brasil demonstra sua vitalidade criativa e sua incessante busca por novas formas de expressão, entregando uma obra que, segundo ele mesmo, poderia ser seu último livro de poemas – embora, como bem apontam os especialistas, nunca se sabe.

Publicado pela Editora Perspectiva, “Pós Poemas” é um mergulho no universo “verbivocovisual” que é marca registrada de Augusto de Campos. O livro não se limita à escrita tradicional, mas explora a dimensão gráfica e sonora da palavra, desafiando as convenções e convidando o leitor a uma experiência estética e intelectual multifacetada. A obra consolida a tetralogia iniciada com “Despoesia” (1994), “Não” (2003) e “Outro” (2015), mas com a audácia de quem sempre desbravou novos horizontes.

Os poemas que compõem “Pós Poemas” foram escritos entre 2005 e 2024, e incluem trabalhos inéditos em livro, alguns datados de 1967, 1968 e 1970. Essa retrospectiva e, ao mesmo tempo, projeção para o futuro, demonstra a coerência e a constante reinvenção de Augusto de Campos ao longo de décadas de produção. A Editora Perspectiva destaca que o formato do livro é pensado como uma obra de arte em si mesma, colorido e impresso em papel couché, conectando visualmente a poesia e a história do autor.

Augusto de Campos, ao lado de seu irmão Haroldo de Campos e de Décio Pignatari, foi um dos pilares da Poesia Concreta, movimento que revolucionou a poesia brasileira a partir da década de 1950. Sua obra sempre se caracterizou pela experimentação formal, pela precisão vocabular e pela crítica social e política, temas que continuam presentes em “Pós Poemas”.

A crítica tem recebido “Pós Poemas” com entusiasmo, ressaltando a capacidade do poeta de se manter “conectadíssimo com o espírito do tempo”, mesmo após tantos anos de produção. A obra é vista como um “plural emblema” que completa um ciclo, mas também como um “buraco negro mallarmaico para o salto-falésia gideano”, indicando que a poesia de Augusto de Campos nunca se encerra, mas se reinventa.

Com 120 páginas e o cuidado editorial que a obra do autor exige, “Pós Poemas” já está disponível nas principais livrarias, oferecendo uma nova oportunidade para mergulhar na mente de um dos maiores e mais inovadores poetas da língua portuguesa.

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