Curitiba, PR – Após uma década de espera desde o aclamado “Americanah” (2013), a escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, uma das vozes mais influentes da literatura contemporânea e do debate feminista, marcou seu retorno ao romance com o lançamento de “A Contagem dos Sonhos” (título original: “Dream Count”) em março de 2025. O livro, que já gerou grande expectativa internacional, chegou ao Brasil pela Companhia das Letras em 11 de março de 2025, simultaneamente ao seu lançamento global.
“A Contagem dos Sonhos” é descrito como uma obra que pulsa com urgência emocional e oferece observações pungentes sobre o coração humano. No romance, Chimamanda volta seu olhar arguto para a vida de quatro mulheres cujas trajetórias se entrelaçam em uma narrativa que discute a própria natureza do amor, a busca pela felicidade e a complexidade das relações em um mundo interconectado.
Uma das personagens centrais é Chiamaka, uma escritora nigeriana de livros de viagem que vive nos Estados Unidos. Durante a pandemia de COVID-19, Chiamaka se vê sozinha e começa a revisitar seus relacionamentos passados, ponderando sobre suas escolhas e arrependimentos. O livro também explora temas como a maternidade, as expectativas sociais sobre as mulheres e as tensões entre a tradição e a modernidade na cultura africana.
A obra tem sido elogiada por sua prosa envolvente, pela profundidade psicológica dos personagens e pela capacidade de Adichie de abordar questões complexas com sensibilidade e perspicácia. Críticos internacionais e leitores destacam a honestidade brutal com que a autora explora a busca por conexão e a forma como as escolhas pessoais moldam o destino.
Com 424 páginas na edição brasileira e tradução de Julia Romeu, que já trabalhou em outros títulos de Adichie como “Americanah” e “Hibisco Roxo”, “A Contagem dos Sonhos” se tornou um dos lançamentos literários mais esperados de 2025. A recepção global tem sido amplamente positiva, com o livro figurando em diversas listas de “mais aguardados” e recebendo elogios por sua escrita “searing” (ardente, mordaz) e “exquisite” (exquisita).
O retorno de Chimamanda Ngozi Adichie ao romance reafirma seu status como uma das escritoras mais fascinantes e dinâmicas da cena literária atual, capaz de oferecer narrativas que ressoam profundamente com leitores de diferentes culturas e contextos.