Moeda Americana Inicia Pregão Cotada Acima de R$ 5,35 em Meio a Monitoramento Atento dos Mercados Globais e Indicadores Domésticos
Curitiba, PR – 24 de junho de 2025 – O mercado financeiro brasileiro abriu a semana em Curitiba com o dólar norte-americano registrando uma leve valorização frente ao Real. Na manhã desta segunda-feira, 24 de junho de 2025, a moeda americana iniciou o pregão refletindo uma atmosfera de cautela entre os investidores, que permanecem atentos aos desdobramentos da política monetária tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, além de monitorar de perto o cenário fiscal doméstico e os sinais da economia global. Por volta das 10h30, o dólar comercial era negociado na capital paranaense com uma cotação de R$ 5,362 para compra e R$ 5,375 para venda, apresentando uma ligeira alta em relação ao fechamento da última sexta-feira.
Essa modesta valorização do dólar no início da semana em Curitiba acompanha uma tendência observada nos mercados globais, onde a moeda americana tem demonstrado resiliência em meio a um cenário de incertezas econômicas e geopolíticas. No âmbito doméstico, a atenção dos investidores se volta para os próximos passos do Banco Central do Brasil em relação à taxa básica de juros (Selic) e para a evolução do debate sobre o arcabouço fiscal no Congresso Nacional. Qualquer sinalização que possa indicar mudanças na política monetária ou preocupações com a sustentabilidade das contas públicas tende a gerar volatilidade no mercado cambial. Além disso, a divulgação de indicadores econômicos relevantes, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, pode influenciar as expectativas dos investidores e, consequentemente, a trajetória do dólar ao longo da semana. Acompanhar de perto esses fatores será crucial para entender a dinâmica do mercado de câmbio nos próximos dias em Curitiba e em todo o país.
Cenário Global e Fatores Domésticos: Influências na Cotação do Dólar em Curitiba
A leve alta do dólar observada na abertura do mercado em Curitiba nesta segunda-feira é resultado de uma complexa interação de fatores globais e domésticos que moldam as expectativas dos investidores e a dinâmica do mercado de câmbio. No cenário internacional, a atenção principal se volta para as perspectivas da política monetária do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos. A recente divulgação de dados econômicos nos EUA, como o índice de inflação e os números do mercado de trabalho, tem sido cuidadosamente analisada pelos investidores em busca de pistas sobre os próximos passos do Fed em relação às taxas de juros. Um sinal de que a inflação americana permanece persistente ou que o mercado de trabalho continua aquecido pode levar o Fed a manter uma postura mais restritiva, com juros altos por um período prolongado ou até mesmo com novas elevações. Essa perspectiva tende a fortalecer o dólar globalmente, tornando-o mais atraente para os investidores em detrimento de outras moedas, incluindo o Real.
Além disso, as incertezas econômicas globais, que incluem preocupações com o crescimento da economia chinesa, a persistência de tensões geopolíticas em diversas regiões do mundo e os riscos de recessão em algumas economias desenvolvidas, também contribuem para a busca por ativos considerados mais seguros, como o dólar americano. Em momentos de incerteza, os investidores tendem a reduzir sua exposição a mercados emergentes e a buscar refúgio em moedas fortes, o que eleva a demanda pelo dólar e, consequentemente, sua cotação frente a moedas como o Real.
No âmbito doméstico brasileiro, a atenção dos investidores em Curitiba e em todo o país se concentra em dois principais fatores: a política monetária do Banco Central do Brasil e o cenário fiscal. Em relação à política monetária, o mercado acompanha de perto as comunicações e as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sobre a taxa Selic. A expectativa em torno dos próximos passos do BCB, especialmente em relação a um possível ciclo de cortes na taxa básica de juros, tem um impacto direto nas expectativas de rentabilidade dos investimentos em Real e, consequentemente, na atratividade da moeda brasileira para investidores estrangeiros.
O cenário fiscal também é um ponto crucial de preocupação para os investidores. A evolução do debate sobre o arcabouço fiscal no Congresso Nacional, a implementação de medidas para o controle dos gastos públicos e a busca por uma trajetória sustentável para a dívida pública são fatores que influenciam a percepção de risco-país e, por extensão, a cotação do dólar. Qualquer sinal de instabilidade fiscal ou de dificuldade do governo em cumprir suas metas pode gerar desconfiança entre os investidores e pressionar o Real para baixo.
A divulgação de indicadores econômicos domésticos, como os dados de inflação, o desempenho do mercado de trabalho, a produção industrial e o nível de atividade do setor de serviços, também desempenha um papel importante na formação das expectativas e na determinação da trajetória do dólar. Dados que indiquem uma desaceleração da economia ou um aumento da inflação podem gerar reações negativas no mercado e influenciar a cotação da moeda americana.
Em Curitiba, como em outros centros financeiros do país, a abertura da semana com essa leve alta do dólar reflete a sensibilidade do mercado a esses fatores interligados. A expectativa é de que a volatilidade permaneça presente ao longo da semana, com os investidores atentos a qualquer nova informação que possa fornecer sinais mais claros sobre o futuro da política monetária e do cenário fiscal tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Acompanhar de perto esses desdobramentos será fundamental para entender a direção que o dólar tomará nos próximos dias.