domingo, agosto 3, 2025

Professores Estaduais de Curitiba e Região Mantêm Mobilização Contra Plataformas de Ensino

Curitiba, PR – 9 de junho de 2025 – Professores da rede estadual de ensino de Curitiba e Região Metropolitana seguem firmes em seu movimento de oposição à implementação e uso intensivo de plataformas digitais nas salas de aula. A categoria busca pressionar a Secretaria de Estado da Educação (SEED) para que reveja as metas de utilização dessas ferramentas, alegando prejuízos pedagógicos e sobrecarga de trabalho.

O movimento, que ganha força com reuniões e manifestações em diferentes cidades da região, questiona a eficácia e a necessidade de se impor o uso massivo de plataformas online como principal ferramenta de ensino. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), a preocupação central é com a qualidade do aprendizado e com a desumanização das relações em sala de aula.

“Nós não somos contra a tecnologia, mas somos contra a substituição do professor e da interação humana por telas e algoritmos”, afirma [Nome Fictício do Professor, ex: Professora Maria da Silva], representante do movimento. “As metas impostas pela Secretaria nos obrigam a focar em ferramentas digitais, muitas vezes sem a infraestrutura adequada nas escolas e sem a devida formação para todos os docentes. Isso gera mais burocracia e menos tempo para o ensino de qualidade.”

Os professores alegam que o uso excessivo das plataformas pode levar a um engessamento do currículo, dificultar a personalização do ensino para alunos com diferentes necessidades e aprofundar a exclusão digital de estudantes sem acesso adequado à internet ou equipamentos. Além disso, muitos docentes relatam um aumento significativo na carga horária, com a necessidade de planejar aulas para os dois formatos (presencial e online) e de gerenciar as plataformas.

A categoria busca dialogar com a SEED para encontrar um modelo que utilize a tecnologia como um apoio pedagógico, e não como uma imposição. Entre as reivindicações, estão a revisão das metas de uso das plataformas, a garantia de infraestrutura tecnológica adequada em todas as escolas e a oferta de formação continuada de qualidade e voluntária para os professores.

O movimento promete continuar as articulações e possíveis mobilizações para chamar a atenção da sociedade e do governo para a importância de se debater o papel da tecnologia na educação de forma construtiva e que priorize o desenvolvimento integral dos estudantes.

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