sábado, agosto 2, 2025

Quinta-feira: Dólar fecha em queda, impulsionado por cenário interno e expectativas de juros

26 de junho de 2025

O dólar comercial encerrou a quinta-feira, 26 de junho de 2025, com uma queda expressiva de 0,85%, cotado a R$ 5,384 para venda. A baixa reflete uma combinação de fatores internos e externos que têm influenciado o mercado de câmbio brasileiro. A performance de hoje se destaca ainda mais considerando a alta de 0,42% registrada na quarta-feira, 25 de junho, quando a moeda americana fechou em R$ 5,430.

A principal força motriz por trás da desvalorização do dólar nesta quinta-feira foi a percepção de melhora no cenário fiscal doméstico. Notícias sobre avanços nas discussões de reformas estruturais e o otimismo em relação à capacidade do governo de controlar o endividamento público contribuíram para um aumento da confiança dos investidores no Brasil. A sinalização de um maior comprometimento com a disciplina fiscal tende a atrair capital estrangeiro, o que naturalmente pressiona a cotação do dólar para baixo.

Além disso, a expectativa de juros nos Estados Unidos também desempenhou um papel significativo. Dados econômicos recentes indicaram um leve arrefecimento da inflação americana, levando o mercado a precificar a possibilidade de o Federal Reserve (Fed) manter sua política monetária mais acomodatícia por um período mais longo. Uma taxa de juros mais baixa nos EUA torna os investimentos em economias emergentes, como o Brasil, mais atraentes, uma vez que o diferencial de juros se torna mais convidativo. Essa dinâmica estimula o fluxo de dólares para o país, contribuindo para a valorização do real.

No plano internacional, a melhora no apetite por risco global também favoreceu a moeda brasileira. Com a diminuição das incertezas geopolíticas e a recuperação gradual das principais economias, investidores têm demonstrado maior disposição em alocar capital em mercados emergentes, que oferecem retornos potencialmente mais elevados. Essa busca por maior rentabilidade acaba por drenar dólares de portfólios considerados mais seguros, como os ativos denominados na moeda americana, e direcioná-los para países com bom potencial de crescimento.

Apesar da queda de hoje, a volatilidade continua sendo uma característica marcante do mercado cambial. Analistas ressaltam que o cenário ainda é sensível a ruídos políticos e econômicos, tanto internos quanto externos. Qualquer reversão nas expectativas de reformas ou uma mudança na postura dos bancos centrais globais podem rapidamente alterar a direção da cotação. A recuperação econômica global, embora presente, ainda é vista com cautela por muitos participantes do mercado, o que justifica a persistência de movimentos de correção.

Para os próximos dias, a atenção do mercado se voltará para novos indicadores econômicos e eventuais pronunciamentos de autoridades monetárias. A busca por sinais que possam indicar a trajetória da política fiscal brasileira e os próximos passos do Fed nos EUA será crucial para determinar o comportamento do dólar frente ao real. A cotação de R$ 5,384 encerra uma quinta-feira de alívio para quem lida com custos dolarizados, mas a imprevisibilidade do mercado de câmbio exige constante monitoramento e cautela.

Mantenha-se informado em tempo real